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Desemprego fica em 7,9% no 1º trimestre, menor taxa em 10 anos

Desocupação caiu em 21 estados e no Distrito Federal na comparação com o mesmo período do ano passado. Taxa de desemprego é maior para pretos (9,7%), mulheres (9,8%) e para pessoas com nível médio incompleto (13,9%)

Total de pessoas que procuravam trabalho durante dois anos ou mais também caiu 14,5%

São Paulo – A taxa de desemprego no país no primeiro trimestre de 2024 foi de 7,9%, queda de 0,9 ponto percentual na comparação com o mesmo período do ano passado (8,8%). De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados nesta sexta-feira (17) pelo IBGE, é o menor índice de desemprego para os três primeiros meses do ano em uma década.

Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a taxa de desocupação caiu em 21 estados e no DF. Apenas Rondônia (de 3,2% para 3,7%), Roraima (de 6,8% para 7,6%), Rio Grande do Sul (de 5,4% para 5,8%) e Mato Grosso do Sul (de 4,8% para 5%) registraram alta na desocupação.

Por outro lado, na comparação com o último trimestre do ano passado, houve aumento de 0,5 ponto percentual na taxa de desemprego. Em 18 estados, a taxa ficou estável. Em oito unidades da federação, a desocupação avançou, enquanto em apenas uma houve aumento: Amapá.

Nesse sentido, a coordenadora de Pesquisas por Amostras de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, explica que na comparação de curto prazo há influência dos padrões sazonais. “Mas a trajetória de queda anual, que já vem sendo observada em outros trimestres, se manteve. O crescimento da taxa de desocupação do primeiro trimestre de 2024 na comparação trimestral não invalidou a maioria dos indicadores do mercado do trabalho na comparação anual”, afirmou a pesquisadora.

Tempo de procura e rendimento
No primeiro trimestre de 2024, havia 1,9 milhão de pessoas que procuravam trabalho durante dois anos ou mais. Esse contingente se reduziu em 14,5% frente ao primeiro trimestre de 2023, quando 2,2 milhões de pessoas buscavam trabalho por dois anos ou mais. Do mesmo modo, todas as faixas de tempo de procura por trabalho mostraram reduções.

A pesquisa também revelou aumento no rendimento médio real mensal habitual que, no trimestre encerrado em março, foi de R$ 3.123. Assim, houve crescimento tanto em relação ao último trimestre de 2023 (R$ 3.077) quanto relação ao 1º tri de 2023 (R$ 3.004).

A massa de rendimento médio mensal real de todos os trabalhos habitualmente recebidos foi de R$ 308,3 bilhões, estável ante o trimestre anterior (R$ 306,2 bilhões) e maior do que no 1º trimestre de 2023 (R$ 289,1 bilhões). Todas as grandes regiões tiveram aumento da massa de rendimento em ambas as comparações.

Desigualdade
Os dados revelam ainda que as taxas de desocupação seguem maiores para mulheres, pessoas pretas e pardas e aquelas com o ensino médio incompleto. Todos esses grupos ficaram acima da média nacional (7,9%). No primeiro trimestre, essa taxa foi estimada em 6,5% para os homens e 9,8% para as mulheres.

Quando analisada a taxa de desocupação por cor ou raça, a dos que se declararam brancos (6,2%) aparece abaixo da média nacional, enquanto a dos pretos (9,7%) e a dos pardos (9,1%) ficaram acima.

Já na análise por nível de instrução, a taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto era de 13,9%. Para os que tinham superior incompleto, a taxa foi de 8,9%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (4,1%).

Formalização
Ao mesmo tempo, o percentual de empregados com carteira assinada no setor privado ficou em 73,9%, enquanto 25,4% trabalham por conta própria. Santa Catarina (87,2%), Paraná (81,8%) e São Paulo (81,4%) tem as taxas mais altas de formalização. Na outra ponta, Piauí (49,4%), Maranhão (52%) e Ceará (54,9%) têm os piores índices.
(Fonte: Rede Brasil Atual)

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