Lula, declarado “persona non grata” em Israel, convocou embaixador brasileiro para saber mais sobre “reprimenda” imposta a ele em Tel Aviv. Presidente brasileiro não deverá se desculpar por comparar massacre israelense em Gaza com o Holocausto
São Paulo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou de volta ao país o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, para dar esclarecimentos sobre a “reprimenda” em Tel Aviv. A medida foi tomada nesta segunda-feira (19), após o governo de Benjamin Netanyahu declarar que o líder brasileiro é persona non grata.
Segundo diplomatas, o Ministério das Relações Exteriores de Israel fez uma reprimenda ao embaixador Frederico Meyer, no Memorial do Holocausto, Yad Vashem — o que eles classificaram como um “show”. Isso porque, em geral, advertências a embaixadores são feitas nas sedes das chancelarias.
A “reprimenda” e a declaração de que Lula é persona non grata são reação a uma afirmação do presidente brasileiro, ontem, (18), quando ele comparou o massacre do povo palestino em Gaza promovido pelos israelenses ao Holocausto comandado por Adolf Hitler contra os judeus na Segunda Guerra Mundial.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula, em entrevista coletiva concedida na 37ª Cúpula da União Africana, em Adis Abeba, Etiópia.
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