A discussão sobre o retorno ou não do horário de verão começou há cerca de um mês
O governo federal decidiu, nesta quarta-feira (16), não retomar o horário de verão, extinto em 2019. O anunciou foi feito pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, após uma reunião que avaliou os impactos econômicos e energéticos da medida.
De acordo com o governo, o benefício econômico com antecipação dos relógios em 1 hora em todo o Brasil não justifica a sua adoção, sendo mantido o horário convencional em todo o país. O caso foi analisado após estudos, e o governo chegou à conclusão de que não há necessidade para adotar o horário de verão para este ano.
“Temos a segurança energética assegurada. É o início de um processo de restabelecimento, ainda que muito modesto, de nossa condição hídrica”, afirmou o ministro, apontando que ainda vai ser avaliada essa possibilidade em 2025.
A discussão sobre o retorno ou não do horário de verão, que começou há cerca de um mês, teve como pano de fundo a preocupante insuficiência de chuva no país.
Com a seca e as queimadas que castigam diversas regiões, principalmente o Sudeste e o Centro-Oeste, a medida voltou a ser discutida como alternativas para diminuir a sobrecarga do sistema energético e mitigar o impacto do esvaziamento de reservatórios.
Quando começou o horário de verão no país
O retorno do horário de verão foi sugerido pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) no mês passado, devido à seca que atinge o Brasil. O objetivo da medida é o de economizar energia, e com isso ter o maior aproveitamento da luz natural.
O horário brasileiro de verão foi instituído pela primeira vez, pelo então presidente Getúlio Vargas, de 3 de outubro de 1931 a 31 de março de 1932.
No Brasil, funcionou continuamente de 1985 até 2019, quando, em abril, o governo federal decidiu revogá-lo, alegando pouca efetividade na economia energética.
Antes da extinção, o período de vigência do horário de verão entre os meses de outubro e fevereiro era definido, de acordo com critérios técnicos, para aproveitar as diferenças de luminosidade entre os períodos de verão e do restante do ano.
A medida impactava na redução da concentração de consumo elétrico entre 18h e 21h.
(Fonte: CUT Nacional)