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Brigas de Elon Musk no X causam prejuízo na Tesla, com ações despencando 40%

Bilionário, que vem atacando instituições brasileiras, é criticado por condução na montadora de carros elétricos. Companhia registra queda de vendas e lucros e anunciou maior corte de funcionários dos últimos anos

Os acionistas da Tesla se preparam para o pior balanço trimestral em sete anos da montadora. O balanço será divulgado nesta terça (23)

São Paulo – O bilionário Elon Musk começa a contabilizar prejuízos por gastar muito tempo em sua rede X, o antigo Twitter, insuflando a extrema direita. As ações da fábrica de carros elétricos Tesla, também de sua propriedade, já perderam 43% do valor na Nasdaq, a Bolsa eletrônica dos Estados Unidos. Isso apenas nos primeiros quatro meses do ano.

Os resultados negativos, no entanto, vêm desde o final do ano passado. Mas neste mês de abril têm sido especialmente difícil para as ações da montadora, que caíram 19,19%. Os recibos de ações também registram queda no Brasil, com perda de 37%, de acordo com balanço da Elos Ayta Consultoria, divulgado no último dia 19. A crise crescente também fez despencar o valor da empresa de US$ 789,8 bilhões para US$ 468,3 bilhões.

Um relatório de analistas do Bank of America (BofA) aponta que o declínio é impulsionado por uma série de fatores. Entre eles, a condução de seu CEO, que estaria se dedicando mais à gestão da rede X, do Space X – voltada ao lançamento de foguetes e serviços de transporte espacial –, e as brigas em articulação com lideranças da extrema-direita de todo mundo. Recentemente, Musk passou a ser um dos investigados pela Polícia Federal no inquérito das milícias digitais após ameaçar reativar perfis bloqueados judicialmente.

Desde então, o bilionário tem feito uma série de críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao governo brasileiro a partir de fake news e em articulação com parlamentares bolsonaristas. Ao mesmo tempo, vem sendo reprovado pela lentidão da Tesla em inovar. O último modelo novo que a empresa lançou chegou ao mercado em 2019, o chamado Cybertruck. Há seis anos, a montadora não apresenta nenhuma novidade na área. E cada vez mais, a demanda do consumidor diminui.

Segundo o relatório, os números de entrega da Tesla foram decepcionantes – 13% abaixo do esperado. Houve crescimento de estoque e provável sucateamento do Model 2 – o modelo mais barato. Nos primeiros três meses do ano, a montadora com sede em Austin, no Texas, entregou 387 mil carros mundialmente. O que representa uma queda de 8,5% em relação a janeiro, fevereiro e março do ano passado.

Os números da empresa de Elon Musk também não refletem o crescimento do mercado de carros elétricos. Ao contrário, em outras montadoras, os lucros crescem. A Ford, por exemplo, vendeu 20.223 veículos elétricos nos primeiros três meses do ano, alta de 86%. A BMW também entregou mundialmente 82.700 unidades BMW, Mini e Rolls-Royce totalmente elétricas aos clientes de janeiro a março. Um aumento de vendas de 28% em relação ao mesmo período do ano anterior. A concorrência tem sido mais forte principalmente com as empresas chinesas, como a BYD. (Fonte Rede Brasil Atual)
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