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Saldo do emprego formal dobra em janeiro, com 180 mil vagas

Quase metade da vagas abertas veio do setor de serviços. Estoque de postos de trabalho soma 45,7 milhões

Em janeiro, foram abertos 180.395 postos de trabalho formais, segundo o “novo” Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado nesta sexta-feira (15) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O saldo entre admissões e demissões é o dobro do registrado em igual mês do ano passado (90.031). No acumulado em 12 meses, foram criados 1.620.758 empregos com carteira.
Com isso, o estoque de empregos formais no país é de 45.697.670. Entre os setores de atividade, o comércio (que inclui reparação de veículos e motos) tem 10,2 milhões, a indústria de transformação reúne 7,9 milhões, a construção soma 2,8 milhões e a agropecuária, 1,8 milhão. Os serviços se dividem em vários segmentos, como saúde humana e serviços sociais (3 milhões), transporte, armazenagem e correio (2,7 milhões), alojamento e alimentação (2,1 milhões) e educação (2 milhões), entre outros.
Setores e salários
Apenas o setor de serviços respondeu por 45% do saldo do mês, com abertura 80.587 vagas. Em seguida, vem a indústria, com 67.029 postos de trabalho a mais. Na sequência, construção civil (49.091) e agropecuária (21.900). Já o comércio fechou 38.212 vagas.
Segundo os dados do MTE, o salário médio de admissão foi R$ 2.118,33, com ganho real (acima da inflação) de 0,82%. Já o salário de quem foi demitido era um pouco maior: R$ 2.142,59. Além disso, no recorte por gênero, a remuneração dos homens admitidos, em janeiro, foi de R$ 2.206,66 e a das mulheres, R$ 1.990 – diferença de quase 11%.
Estoque da Rais cresce
O ministro Luiz Marinho apresentou também os dados de 2022 da Relação Anual de Informações Sociais (Rais). O estoque de vínculos chegou a 52.790.864, mas os dados não são comparáveis com anos anteriores, porque houve mudança de metodologia. O eSocial passou a ser a nova fonte de dados. Dessa forma, do número divulgado hoje, 48.728.871, corresponde à quantidade de vínculos já existente, 2.266.347 representam o crescimento efetivo e 1.795.646 são relativos ao eSocial.
Com isso, aumenta a cobertura disponível. “Trouxemos empresas pequenas que antes não apareciam em nenhum lugar e agora estão na Rais”, afirma a subsecretária de Assuntos Estatísticos do MTE, Paula Montagner.
Assim, do total de vínculos, 42.461.519 são celetistas e 8.632.663, estatutários. Há ainda 1.705.662 classificados como aprendizes, temporários, parcial ou intermitentes, entre outras funções. A remuneração média no país soma R$ 3.754,80 no ano.

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